Desemprego registra menor patamar em 12 anos

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Taxa do trimestre fechado em setembro recuou para 6,4%, segundo IBGE; variação encosta no nível mais baixo da história

A taxa de desemprego no mercado de trabalho brasileiro chegou a 6,4% no trimestre fechado em setembro, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Essa foi a segunda menor taxa de desocupação da série histórica da PNAD Contínua do IBGE, iniciada em 2012, superando apenas a taxa do trimestre encerrado em dezembro de 2013 (6,3%).

O indicador caiu 0,5 ponto percentual (p.p) frente ao período de abril a julho (6,9%), e a queda ante o mesmo período de 2023 foi de 1,3 ponto (na ocasião, o percentual foi de 7,7%).

A população desocupada (total de pessoas sem trabalho e em busca de ocupação) caiu para 7 milhões, o menor contingente desde o trimestre fechado em 2015, com recuos nas duas comparações: -7,2% no trimestre, ou menos 541 mil pessoas buscando trabalho, e -15,8% frente ao mesmo trimestre móvel de 2023, ou menos 1,3 milhão de pessoas.

“A trajetória de queda da desocupação resultada da contínua expansão dos contingentes de trabalhadores que estão sendo demandados por diversas atividades econômicas”, explica Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE.

Indústria e Comércio puxam indicador
Segundo o IBGE, o número de trabalhadores do país subiu para 103,0 milhões, novo recorde da PNAD Contínua. Essa população ocupada cresceu 1,2% no trimestre, ou mais 1,2 milhão de trabalhadores. Na comparação anual, a alta foi de 3,2%, ou mais 3,2 milhões de pessoas ocupadas.

O aumento foi puxado pelos segmentos de Indústria e de Comércio, com altas respectivas de 3,2% e de 1,5% em seus contingentes. Os dois grupamentos contrataram 709 mil trabalhadores na comparação trimestral, sendo 416 mil da Indústria e 291 mil do Comércio.

Além disso, a população ocupada no Comércio foi recorde, chegando a 19,6 milhões de pessoas. Os outros grupamentos mantiveram estabilidade na comparação trimestral.

No comparativo com 2023, sete grupamentos (Indústria, Construção, Comércio, Transporte, Informação e Comunicação, Administração e Outros Serviços) aumentaram seu número de ocupados, enquanto dois (Alojamento e Alimentação e Serviços domésticos) mantiveram estabilidade. Somente a Agropecuária mostrou queda (-4,7%) na sua população ocupada.

FONTE: JORNAL GGN