As eleições municipais são um momento fundamental para o exercício da cidadania e para a construção de políticas públicas que afetam diretamente a vida nas cidades. No entanto, o que temos observado durante a campanha eleitoral deste ano é um aumento alarmante de ações violentas que, infelizmente, estão marcando o processo político em diversas regiões do Brasil.
É preciso enfatizar que agressões físicas e verbais não fazem parte do jogo político e, muito menos, do Estado Democrático de Direito. As eleições são um espaço de diálogo, debate e troca de ideias, onde diferentes visões sobre a gestão municipal devem ser confrontadas de maneira respeitosa e construtiva. Qualquer tentativa de impor posições através da violência contraria os princípios básicos da democracia.
A normalização de atos violentos no contexto eleitoral, especialmente no âmbito das eleições municipais, é extremamente perigosa. Esses atos representam não apenas uma ameaça ao processo democrático em si, mas também um risco para a coesão social local, uma vez que as disputas políticas afetam diretamente o cotidiano das comunidades. Permitir que a violência prevaleça é abrir espaço para que as diferenças sejam resolvidas pela força e pela intimidação, o que enfraquece as instituições e os direitos fundamentais.
Neste contexto, é crucial reafirmarmos que não podemos, em hipótese alguma, tolerar ou aceitar que a violência se torne parte das campanhas eleitorais municipais. A democracia exige respeito à diversidade de opiniões, e o debate político deve ser pautado pelo diálogo e pela busca de soluções para os problemas locais, e não pela intimidação ou agressão.
É necessário que todos os setores da sociedade condenem veementemente qualquer ato de violência e se comprometam com uma campanha limpa, onde as ideias prevaleçam sobre as agressões. O futuro das nossas cidades depende da nossa capacidade de superar essas tensões de maneira democrática e pacífica, garantindo que as eleições municipais sejam uma celebração da diversidade política e do exercício pleno da cidadania.
Coordenação Fórum Permanente em Defesa do Serviço Público – Ceará.
17 setembro-terça