Comércio: mais otimista que em 2021; menos que em 2020, por Luis Nassif

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Mas há uma piora generalizada em relação a fevereiro de 2020. Todos os indicadores pioraram. Em 2020, as Intenções de Investir eram de +4,50; agora, são 1,66%.

O ano começa com as empresas do comércio registrando mais otimismo em relação a um ano atrás.

A medida é o Índice de Confiança das Empresas do Comércio, medido pela Confederação Nacional do Comércio (CNC).

O ICEC considera 100 o índice neutro. Ou seja, indicador acima de 100 indica sinais positivos e abaixo significa negativo.

Aqui, para ficar mais claro, um gráfico mostrando a variação em torno de 100.

Houve melhoria em todos os indicadores em relação a fevereiro de 2021..

Ainda há expectativa negativa em relação aos seguintes pontos:

  1. Situação dos Estoques: -11,15, um pouco melhor que os 15,78 de fevereiro de 2021.
  2. Condições da Economia: -14,74 contra -34,39 do ano passado.

Outros dados são curiosos, mostrando que a fé move montanhas e os empresários.

As Expectativas em relação à economia são 42,94 pontos positivos; em relação à empresa, 57,14 pontos positivos.

O Índice de Expectativa (50,61) é muito maior do que o Índice de Confiança (19,34). O que explica que a intenção de investir é pequena: +1,66. Mas a intenção de contratar é alta: 30,39 pontos, refletindo o início da flexibilização do isolamento.

Outro dado positivo é o que mede as Condições Atuais da Empresa, que saiu de -8,45 de fevereiro de 2021 para +12,70 de agora, com duas explicações possíveis:

  1. Quem sobreviveu à hecatombe, conseguiu se ajustar melhor.
  2. Parte relevante dos pesquisados em 2021 nao sobreviveu para participar da pesquisa de 2022.

Mas há uma piora generalizada em relação a fevereiro de 2020

Todos os indicadores pioraram. Em 2020, as Intenções de Investir eram de +4,50; agora, são 1,66%.

Apenas a intenção de contatar era menor (26,17 em 2020 contra 30,39 agora) por uma razão simples: o ano passado foi período de enorme aumento do desemprego; agora, há uma recomposição relativa do emprego.

Fonte: Jornal GGN