Aumento de custo dos insumos na ponta da oferta, aumento do custo do dinheiro na ponta do consumo, impedirão qualquer veleidade de recuperação da economia em 2022.
Prévia do IPCA (Índice de Preços por Atacado Ampliado), divulgado ontem, o IPCA-15 mostra a inflação a pleno vapor. O índice fechou em 1,17% no mês e em 10,73% em 12 meses. É mais um aumento no acumulado de 12 meses, passando de 10,34% em outubro para 10,73%.
O índice é dividido em 9 categorias. E as 9 registraram alta. As duas maiores influências no índice final foram Transportes – que, sozinho, respondeu por 0,614% do índice – e Habitação – com 0,1715% -, ambas diretamente influenciadas pela alta nos combustíveis.
No No
No total, Energia respondeu por 0,72 pontos, 61,5% da alta de preços no mês. 0,61% diretamente no setor de Transportes e 0,11% na energia consumida no grupo Habitação.
No acumulado de 12 meses, 4 grupos registraram aumento acima de 10%, 1 grupo ficou entre 5% e 10% e 3 grupos entre 0 e 5%. Os 3 grupos com alta menor foram Comunicação (1,36%), Educação (2,96%), Saúde e Cuidados Pessoais (4,49%). Mas, em breve, serão contaminados pelas demandas nos próximos dissídios salariais e pela alta nos Índices de Preços ao Produtor, que continuam profundamente influenciados pelo câmbio e pelas cotações internacionais.
Aumento de custo dos insumos na ponta da oferta, aumento do custo do dinheiro na ponta do consumo, impedirão qualquer veleidade de recuperação da economia em 2022.
O fator Paulo Guedes continua dominante.
Na alta de 10,73% em 12 meses, a influência de Transportes foi de 20,31%; seguido de Habitação (15.36% do total) e Artigos de Residência (12,33%) e Alimento e Bebidas (10,47%).
Fonte: Jornal GGN