Produto Interno Bruto brasileiro aumentou puxado pela indústria e setor de serviços
A economia brasileira cresceu 3,4% durante o ano de 2024. O percentual foi divulgado nesta sexta-feira (7) e supera com folga as expectativas do início do ano divulgadas por bancos e do próprio governo para o desempenho econômico do país.
Em janeiro de 2024, economistas de bancos estimavam que a economia nacional crescesse cerca de 1,5% durante 2024 – menos da metade do verificado. A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda tinha uma expectativa um pouco melhor, de 2,2%, mas que também foi superada.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) atingiu R$ 11,7 trilhões. O PIB é a soma de toda a produção da economia nacional durante o ano. É por meio dele que se mede o crescimento da economia.
Em 2024, o aumento da produção da indústria e dos serviços é que puxaram o crescimento da economia nacional. O setor industrial cresceu 3,3% ante 2023. Já o de serviços, 3,7%.
Por outro lado, o setor agropecuário, que havia puxado o crescimento da economia em 2023, encolheu sua produção em 3,2%. Essa queda teve relação com secas e inundações que comprometeram a colheita de determinados produtos no país.
A taxa de investimento da economia nacional em 2024 foi de 17% do PIB. Em 2023, tinha sido um pouco menor: 16,4%. A taxa de poupança, por sua vez, ficou em 14,5% em 2024, ante aos 15% registrados em 2023.
Pela ótica da despesa, a formação bruta de capital fixo –valor gasto por empresas para aumento de sua produção– cresceu 7,3%. Isso teve relação com o aumento da produção interna e da importação de bens de capital, além da expansão da construção civil e do desenvolvimento de softwares.
Já o consumo das famílias cresceu 4,8%, puxado pela melhora no mercado de trabalho, pelo aumento do crédito e pelos programas governamentais de transferência de renda. A despesa do governo cresceu 1,9%.
No último trimestre de 2024, a economia brasileira cresceu menos do que em todos os outros trimestres do ano. A taxa ficou em 0,2% ante ao trimestre anterior.
No primeiro trimestre do ano passado, o crescimento havia sido de 1%; no segundo, de 1,3%; e no terceiro, de 0,7%. As comparações são sempre com o trimestre anterior.
Nos últimos três meses de 2024, por sua vez, a indústria cresceu 0,3%; os serviços, 0,1%; e a agropecuária, 2,3%.
Edição: Nathallia Fonseca
FONTE: BRASIL DE FATO