Você recebe um depósito; depois um contato pra avisar que foi engano; depois um pedido de devolução
Muito mais gente do que você imagina já caiu. Segundo dados do Banco Central, 2.5 milhões de “golpes do pix” foram aplicados no Brasil em 2023. E é muito fácil entrar. E complicado sair.
A história começa com um depósito inadvertido na conta da vítima. A seguir, alguém entra em contato para dizer que a transferência foi feita por engano e pede a devolução, só que nunca é na mesma conta.
Após a vítima devolver o dinheiro na conta informada, o criminoso entra com pedido de devolução por meio de uma ferramenta do Banco Central chamada MED (Mecanismo Especial de Devolução). O depósito, então, é devolvido sem depender de quem o recebeu.
O golpista, então, fica com o valor devolvido e mais a transferência feita pela vítima.
Para evitar o golpe, é simples. Não faça depósito para ninguém. Devolva o recurso apenas através dos mecanismos disponíveis nos bancos. Assim, o dinheiro volta pelo mesmo caminho que foi enviado.
Em cada instituição financeira o mecanismo é de um jeito diferente. A opção aparece nos detalhes do valor recebido no saldo bancário, e é descrita como “fazer um reembolso”, “devolver Pix” ou apenas “devolver”, entre outros.
Caso a pessoa seja vítima do golpe, o primeiro passo é informar seu banco,que deverá fazer a devolução pela ferramenta MED. O Banco Central orienta que a vítima registre um Boletim de Ocorrência.
O MED (Mecanismo Especial de Devolução) foi desenvolvido pelo Banco Central para facilitar o reembolso em caso de golpe. O pedido pode ser feito até 80 dias após o Pix enviado através do seu banco ou instituição financeira. O banco avalia o caso em até 7 dias e, se tudo estiver certo, devolve o dinheiro em 96 horas.
FONTE: REVISTA FÓRUM