Uma política de comunicação para o governo, por Luis Nassif

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A informação será fundamental para dar consistência a essas iniciativas, mostrar uma orquestra em funcionamento, mostrar a lógica do todo, com o maestro Lula sendo o divulgador dos avanços em lives periódicas.

Uma frente ampla – como a que está sendo montada no governo Lula – exige uniformidade na política de comunicação.

Nos governos do PT, por exemplo, houve ampla derrota nas discussões sobre a Copa do Mundo, sobre a vacina da febre amarela e até sobre os vazamentos das provas do ENEM. E a frente não era tão ampla assim.

Uma frente ampla está sujeita a conflitos previsíveis e guerras internas de informação. No ambiente das redes sociais, a capacidade de multiplicar pequenas desavenças é infinita. Daí a necessidade da estruturação de um sistema de comunicação interna, sob controle de um órgão central – uma Secretaria de Comunicação.

Como seria esse modelo?

Primeiro, a montagem de uma rede interna com as assessorias de imprensa de todos os ministérios e secretarias relevantes, coordenada pela Secom.

O segundo passo será identificar, em cada área, os temas sensíveis e uniformizar respostas para dois níveis de públicos – os de melhor nível e os de redes sociais. Especialmente nos temas de maior impacto, caberá à Secom definir a jurisprudência, a resposta a ser endossada por todos os assessores.

O terceiro passo será montar um sistema permanente de monitoramento das redes e da mídia e, especialmente, ter uma equipe capaz de antecipar temas de impacto, que poderiam ser explorados no submundo das redes sociais.

Um dos mais relevantes é a intenção do governo Lula de aprofundar as ferramentas de democracia participativa. Significa um processo de reconstrução nacional. A comunicação será fundamental para permitir dar visibilidade às diversas formas de trabalho tocadas pela sociedade civil, fóruns de prefeitos, governadores, secretários das diversas pastas, associações empresariais e movimentos sociais. Nos governos Lula muitas iniciativas relevantes foram ignoradas pela opinião pública, por falta de divulgação.

A informação será fundamental para dar consistência a essas iniciativas, mostrar uma orquestra em funcionamento, explicar a lógica do todo, com o maestro Lula sendo o divulgador dos avanços em lives periódicas.

Fonte: Jornal GGN