Em 2025 haverá a renovação de várias concessões, abrindo a possibilidade de uma reestruturação no setor hidrelétrico.
Um dos grandes crimes cometidos contra a economia brasileira foi o desmonte do setor elétrico no primeiro governo Fernando Henrique Cardoso – que levou ao apagão e ao fim da energia barata no país.
Em 2013, época de vencimento de concessões em São Paulo e Minas Gerais, Dilma Rousseff tentou remediar o modelo. Pelo modelo original, cada usina construída tinha um tempo de depreciação, de amortização do investimento feito, cobrado na tarifa de energia. A proposta de Dilma foi fazer a renovação, mas com as hidrelétricas cobrando o preço operacional, mais uma margem de lucros.
No mesmo período, houve um grande desastre climático pressionando a oferta de energia. E a CESP e a CEMIG, sob controle de governos tucanos, recusaram a aderir à proposta. A oportunidade foi desperdiçada.
Em 2025 haverá a renovação de várias concessões, abrindo a possibilidade de uma reestruturação no setor hidrelétrico. Pensando nisso, o Clube de Engenharia produziu um documento, “Diretrizes para o Setor Elétrico Brasileiro”, que pode abrir um espaço importante para um setor que caminha para problemas em um futuro próximo.
O documento começa com um diagnóstico realista da situação do setor. Hoje em dia, praticam-se as tarifas dentre as mais elevadas do mundo, os órgãos públicos foram desestruturados e os interesses de curto prazo se sobrepõem aos interesses da sociedade.
Por isso, propõe que a renovação das concessões se dê sob um novo marco regulatório, obedecendo aos seguintes princípios:
Fonte: Jornal GGN