Organização afirma que país “deve manter parte do sólido ímpeto econômico” visto no primeiro semestre; estimativa para 2025 é de 2,6%
A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) projeta um crescimento de 2,9% para a economia brasileira ao final deste ano, acima da projeção divulgada no trimestre anterior, quando a projeção era de 1,9%.
Segundo relatório de prognósticos econômicos, a OCDE afirma que o PIB brasileiro será favorecido por um “sólido ímpeto econômico observado durante o primeiro semestre”.
O crescimento anual para 2025 também foi revisado para cima, passando de 2,1% para 2,6%, “apesar de um ritmo mais lento de flexibilização da política monetária”.
Em termos globais, a OCDE projeta que o crescimento nas economias emergentes siga “amplamente estável, apesar dos diversos resultados projetados dentro do grupo”.
Para a China, a organização afirma que o crescimento do PIB é projetado para ser de 4,9% em 2024 e 4,5% em 2025. Em linhas gerais, a expectativa é que o avanço do segundo semestre seja apoiado “por um aumento nos gastos do governo após um aumento recente na emissão de títulos do governo local”.
Contudo, a correção no setor imobiliário deve continuar e as redes de segurança social inadequadas e a baixa confiança do consumidor continuarão sendo um obstáculo ao crescimento do consumo privado.
Na Índia, o crescimento do PIB é projetado para ser de 6,7% no ano fiscal 2024-25 e 6,8% no AF 2025-26, enquanto a Indonésia é projetada para crescer 5,1% em 2024 e 5,2% em 2025. Em ambos os casos, o crescimento da demanda doméstica será um fator de grande impacto.
O crescimento no México é projetado para moderar para 1,4% em 2024 e 1,2% em 2025, “com a desaceleração atual no crescimento da demanda doméstica persistindo no próximo ano”.
Inflação mais alta
Sobre o comportamento da inflação, a OCDE diz que a inflação nas economias emergentes é projetada para permanecer “geralmente mais alta” do que nos mercados avançados, ao mesmo tempo em que diminui de forma gradual.
Porém, a organização afirma que existem padrões díspares: no caso da Argentina e da Turquia, por exemplo, a inflação deve diminuir até 2024 e 2025, mas deve permanecer em taxas de dois dígitos e, na China, a inflação deve aumentar gradualmente, mas deve permanecer em níveis muito baixos.
“O recente ressurgimento das pressões de preços no Brasil significa que a inflação agora deve ser ligeiramente maior no final de 2025 do que o previsto anteriormente, embora ainda de acordo com a faixa de meta de inflação do banco central”, diz a instituição.
Veja mais a respeito do tema na íntegra do relatório divulgado pela OCDE.
FONTE: JORNAL GGN