Lula confirma Gabriel Galípolo para a Presidência do Banco Central

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A nomeação ocorre em meio às rixas compradas pelo atual presidente do BC, Campos Neto, contra a política econômica do governo Lula

O presidente Lula martelou o nome do Gabriel Galípolo para a Presidência do Banco Central (BC) a partir de 2025. “É uma honra, um prazer e uma responsabilidade imensa”, afirmou o economista que atualmente é diretor de Política Monetária na instituição.

O anúncio, feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta quarta-feira (28) não foi uma surpresa. O nome de Galípolo já era dado como certo para a escolha da substituição de Roberto Campos Neto, visto como uma figura de resistência das políticas monetárias do BC ao próprio governo do país.

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Galípolo ocupa o cargo de diretor dentro do Banco Central desde julho de 2023 e já atuou como número 2 no Ministério da Fazenda de Fernando Haddad. Ele detém bom trânsito junto à equipe econômica do governo Lula e também no Congresso, além de suas qualidades técnicas.

Formado em Ciências Econômicas e mestre em Economia Política pela PUC de São Paulo, instituição na qual também foi docente e já atuou como presidente do Conselho de Administração do Banco do Brasil. Foi presidente do Banco Fator de 2017 a 2021 e, desde o ano passado, é diretor de política monetária do BC.

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A nomeação ocorre em meio às rixas compradas pelo atual presidente do BC, Campos Neto, contra a política econômica do governo Lula, incluindo o aumento da taxa básica de juros, a Selic, e manutenção do índice em alta, em meio às pressões pela redução na inflação por parte do próprio governo Lula.

A expectativa é que Galípolo assuma o cargo e volte a orientar a atuação do Banco Central para a redução dos indices inflacionários e contribuição para o crescimento da economia e PIB brasileiro. Junto a investidores, contudo, o nome pode enfrentar resistências de parte do empresariado.

A indicação ainda precisa passar por sabatina no Senado, o que ainda não há expectativas de ocorrer. Entre os parlamentares da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, há a estimativa de a sabatina ocorrer somente após as eleições municipais, uma vez que as atividades do Congresso estarão concentradas em pautas de urgência antes da paralisação com o pleito eleitoral.

FONTE: JORNAL GGN