O 1º de Maio foi de muita luta!

Nesta quarta-feira, trabalhadoras e trabalhadores cearenses estiveram nas ruas da Serrinha, na já tradicional marcha das centrais que celebra o dia das trabalhadoras e trabalhadores. Mas esse ano, tivemos a maior marcha dos últimos anos. E isso graças a participação das Universidades e do Instituto Federal em greve.

A universidade desceu para a rua e foi até uma das periferias de Fortaleza, local onde a violência e o descaso do poder público afastam essa população a Educação Superior. Trazer a Universidade para a rotina dessas comunidades é um desafio e o diálogo possibilitado por essa marcha e pela greve, durante o 1º de maio foi fundamental para que ambas, universidade e periferia possam olhar nos olhos uma da outra e poderem forjar a união necessária , tanto para ofertar mais oportunidades para as periferias, quanto afastar a Universidade do modelo destinado às elites, que imperou na maior parte da sua história no Brasil.

Dito isso, precisamos fazer com que a greve dos TAE da UFCA, da UNILAB e da UFC possa seguir forte e vibrante. Afinal, o governo ainda não entendeu que a Educação Superior e tecnológica, as universidades e os IFs estão parados e que sem os TAE é impossível que as atividades possam ser realizadas. Afinal, para ter aulas faz-se necessário o suporte dos TAE, para as matrículas, também, enfim, aulas externas, atividades de extensão, as pesquisas em laboratório e em campo, os cuidados em saúde, o funcionamento das bibliotecas, entre muitas outras atividades necessitam dos TAE para que sejam realizadas a contento.

E nós, queremos mais do que ser uma nota de rodapé nas gestões das universidades. Nós queremos mais que apertar parafusos, porque temos capacidade, inventividade, qualificação e vontade para sermos muito mais. Aliás, a nossa greve é justamente para isso. Por que ousamos ser mais. Somos parte da Comunidade Acadêmica, mas, por vezes somos tratados como servidores de segunda classe. Chega! A nossa presença nas ruas, neste dia das trabalhadoras e trabalhadores mostra que somos protagonistas de nossa história. E nossa participação enquanto comunidade acadêmica, também é parte do que somos e ainda mais do que queremos ser. Portanto, nada mais natural que o protagonismo na Universidade esteja entre nossas pautas.

Por isso, a luta pela reestruturação do PCCTAE, que é parte da luta por respeito, valorização e por mais espaço na universidade, por meio da PARIDADE entre docentes, técnicos e estudantes, na demanda para que a reitoria também possa ser ocupada por um TAE.

Enfim, precisamos enfrentar a situação insustentável de hoje, para obter a transformação que queremos na universidade. Sair da pior remuneração do executivo federal, sair do maior índice de desistência do serviço público e construir uma carreira, que possa ser desafiadora e ao mesmo tempo nos dê segurança para buscar nossos sonhos. Estar na Universidade e não ser invisível. Ter uma aposentadoria digna e que nos orgulhe pelo que construímos.

E tudo isso virá das lutas. Da construção coletiva, tal como fizemos para construir a proposta da FASUBRA que iremos reafirmar até o fim, porque esta greve não é a maior greve dos TAE, à toa. Temos nossas pautas. Temos nossa força. E temos companheiras e companheiros participando nos Comandos de Greve da UFCA, UNILAB e UFC dedicados e que não se deixam abater.

Todas e todos que estiveram nas ruas no primeiro de maio recebam nossos parabéns. Aos que não puderam, teremos outras universidades. Vamos pra cima! A greve continua! Porque lutar sempre vale a pena!

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Fonte: SINTUFCE