Má gestão na pandemia: Paraguaios tomam as ruas de Assunção em ato gigante contra o presidente

População do Paraguai pede a saída do presidente Mario Abdo Benítez, aliado de Bolsonaro que, assim como o presidente brasileiro, vem sendo apontado como o responsável pela grave situação da pandemia no país

Milhares de pessoas tomaram as ruas de Assunção, capital do Paraguai, na noite desta sexta-feira (5), em protesto contra o colapso de saúde que o país vive por conta da pandemia do coronavírus.

Revoltados, os manifestantes pedem a saída do presidente Mario Abdo Benítez por conta do que a população considera uma má gestão na condução do enfrentamento à crise sanitária.

O país sul-americano vive uma escalada nos números de casos confirmados e mortes por Covid-19 e o presidente, que é aliado de Jair Bolsonaro, vem sendo apontado como o responsável pelo agravamento da crise, assim como o presidente brasileiro. Até a noite desta sexta-feira, o Paraguai contabilizava 164.310 casos confirmados de infecções e 3.256 morots em decorrência da doença.

Nos últimos dias, vem sendo denunciada na imprensa paraguaia a falta de medicamentos contra a Covid nos hospitais, que teriam sido roubados. Além disso, há atraso na imunização contra a doença do coronavírus, o que criou uma pressão sobre o ministro da Saúde, Julio Mazzoleni, que renunciou nesta sexta-feira, pouco antes do início da grande manifestação.

No ato, que tomou as ruas de assunção, manifestantes chegaram a incendiar uma parte do prédio do Ministério da Fazenda. Além da revolta por conta da crise sanitária e a gestão do presidente, a manifestação é motivada também pela crise econômica que assola o país e denúncias de corrupção no governo.

A polícia interviu no protesto com balas de borracha e bombas de efeito moral. Segundo a rádio Chaco Boreal, três manifestantes teriam sido detidos e há registro de um ferido.

FONTE: REVISTA FÓRUM
FOTO: Reprodução